La la land é um caso peculiar no cinema moderno. O novo filme do jovem realizador Damien Chazelle, que há uns anos espantou o mundo com o genial “Whiplash”, tem vindo a conquistar críticos e audiências nos circuitos de festivais americanos, e é único no sentido em que é um musical original.
Para clarificar desde já, o musical enquanto género cinematográfico está longe de morrer. Nos últimos anos, assistimos a sucessos enormes de bilheteira de musicais como “Mamma Mia!” (2008), “Os miseráveis” (2012) e “Caminhos da floresta” (2014). Sem discutir a qualidade destes filmes , o facto é que todos conseguiram levar audiências consideráveis às salas, provando a viabilidade do género. No entanto, há algo mais que os une: nenhum deles é original. São todos ou adaptações de outros musicais mais antigos ou adaptações de livros, peças, etc.
Assim, são cada vez mais escassos os musicais totalmente originais, ou seja, aqueles que apresentam musicas e histórias totalmente novas. E se parece arriscado apostar no género (pelo menos de forma original), a verdade é que Chazelle fê-lo, e parece que com resultados excelentes.
Este é também um filme que parece estar destinado a um relativo sucesso de bilheteira. Com um elenco de luxo, encabeçado por dois nomes sonantes (Emma Stone e Ryan Gosling), críticas extremamente elevadas e favoritismo para a época de prêmios, os fatores parecem sugerir que este musical vai conseguir, pelo menos, chamar a atenção das audiências.
Por aqui, aguardamos ansiosamente a oportunidade de conhecer o (en)canto de “La la land”.
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